Depois a louca sou eu!
Entre estrelas e poeira,
Nem um cheiro eu senti,
Estava tudo meio parado por aqui,
Mas era bom,
Era leve,
Era a sensação mais gostosa que já vivi,
Muitas cores, luzes e vibrações,
Passeei para lá e para cá.
Não senti falta de nada,
Só queria voltar e convidar outros a também sentir aquilo
tudo,
Que incrível,
Quanta conexão,
Até de longe eu vi um pavão,
Um tanto quanto peculiar,
Com características da terra, água e ar,
Adaptável a quase todo lugar,
Ele não seria um pavão para os terráqueos,
Mas ali para mim era sim,
Tinha penas graciosas,
Muitas cores, espessuras e tamanhos,
Exibido que só,
Eu amo isso!
Ele dançava para mim, como se a vida fosse um show sem fim,
Quanta beleza!
Não que eu não admire a discrição e sutileza,
Mas de fato era da realeza!
Até que ele se foi,
E de cara me apareceu um boi,
Robusto e cheio dessa tal virilidade,
Me rodeava e encarava-me no fundo dos olhos,
Como um mineiro em busca de tesouros na mina,
Me fascina a persistência,
Mas me assusta a truculência,
Para que escavar e extrair se de nada vai adiantar?
A energia da preciosa pedra você não vai utilizar?
A natureza faz e cede pra que possamos nos curar e não
guardar ou traficar,
Não precisa disso!
Temos tanto e de graça,
Pra todos!
O que você cobra dos outros uma hora será cobrado de ti!
Aprenda com o pavão,
Se mostre, tú és belo meu amigo boi...
E a nossa prosa foi assim,
Até que todo aquele conforto me trouxe desgosto,
Por que sou matéria se tenho que ficar a deriva?
Hey, eu quero voltar!
Aterrar!
Eu gostei daqui,
Mas deixa pra quando eu partir,
Que SAUDADES de correr, comer, sentir e viver,
Não foi pra isso que Deus me fez matéria?
Êta mas tá difícil!
Tem tanta gente querendo que eu fique!
Eu sei que vão sentir saudades,
Eu também sentirei,
Mas minha jornada lá só vai intensificar,
Depois que eu contar o que vivi e vi aqui,
Eu vou fazer uma chave,
E só vem quem decifrar o enigma de Jesus,
Depois que ele foi colocado na Cruz,
Tudo mudou,
Mas nem todos perceberam,
Transformar parece fácil e óbvio,
Mas em que?
Pra que?
Que conversa sem lé nem cré,
E a sua qual é?
Fala logo o que é?
Te falta domínio técnico!
TRASMUTAR tá na moda,
Mas um vírus letal?
E ignorância social?
Não me leve a mal,
Nada vai fazer sentido enquanto só olhar pra seu umbigo,
Que nem é bonitinho,
Ai,
Dói,
Quero voltar lá cima,
Quem é essa menina?
No espelho,
Que olho vermelho de tanto chorar!
Por que descer pra de novo?
No meio do povo...
Uffa Voltei...
Quanta coisa nessa intensa massa rígida entre o conforto e o
esforço,
Como foi que eu vim tão rápido?
Até saí da órbita?
Girei rápido demais!
Ou demorado?
Êta que trem arretado?
Parece que fui de volta pro passado,
Lá no milênio passado,
Quanto tempo se passou?
Ou era o futuro devastador?
Eu não sei,
Ou EU SEI,
Só não quero falar pra ninguém,
Vai que me reprovem por saber de mais,
Prefiro ficar quietinha,
Na minha,
Um dia eu conto,
Mas... e se a humanidade depender do meu saber?
Como eu posso levar essa culpa em minhas mãos?
Não!
Eu não posso,
Preciso refletir sobre esse lugar que estive,
Contar para amigos confiáveis,
Que não vão se aproveitar com fins errados,
Do que a mim foi revelado!
Só sei que muita gente deve ter sido abençoada com muitos
outros dons,
Mas por que ainda tem tanta destruição?
E tanta segregação?
Oxiii,
Que coisa de louco,
Depois a louca sou eu!
Eu vou viver e aproveitar a oportunidade de poder fazer algo
por mim.
PLANETA TERRA,
MÃE,
TERRA.


