O cortejo VERMELHO
Uma dama,
Ligeira,
Que acompanha os ciclos,
No misterioso ressoar do sete,
Faz da Flor o seu portal,
Em GRATIDÃO ao seu poder,
Põe pra fora tudo o que não será mais necessário,
Para aquele templo,
Mais poderoso do que tudo que já fora criado,
Inventado,
Modificado,
Ou transformado,
Nomeando a sua portadora,
Como Rainha.
Ali mesmo onde os preciosos são produzidos,
Naquele topo das torres,
Ficam esperando o próximo sete,
E quando ele chega,
A força os impulsionam,
A percorrer os corredores,
Com ou sem dores,
A Rainha,
Que já conhece o seu templo,
E pode se preparar,
Conforme o tempo,
Algumas dispostas fazem a contagem,
Outras despertas fazem a saudação,
Parece magia,
Bruxaria,
Ou Feitiçaria,
Um ritual,
Pra ser precisa,
Nem sempre igual,
Mas o percurso é do mesmo,
E ao final do segundo sete,
Eles chegam ao principal salão,
Para abraçar o hospedeiro,
Que chegará a jato,
De foguete,
Sem capacete,
Para aquele encontro encantado,
A PERFEIÇÃO SE FAZ MATÉRIA,
OU NÃO,
Nem sempre o visitante consegue encontrar o precioso,
E acaba falhando em sua missão,
Muitos fatores o impedem de alcançar,
E o encontro sem o abraço se findar,
A velocidade do foguete,
A propulsão no momento do lançamento,
O calor no foguete e do salão,
A timidez do precioso ao se esconder lá no fundão,
Ou mesmo após o abraço,
Ao invés de ficarem quietinhos abraçadinhos lá no quentinho,
Querem se aventurar,
Rumo ao desconhecido,
Antes do tempo,
Previsto,
Então,
Se desprendem sozinhos do Templo,
Sendo expelidos pela Flor,
Acompanhados de um cortejo vermelho a adorável,
De seguranças,
Que sempre querem que cheguem ao seu destino,
Como bem almejar.
Todavia,
Nem sempre é assim,
Há o tempo final do terceiro sete,
Que não tem foguete,
Não tem visita,
Não tem encontro,
Não tem abraço,
Não permanência,
O precioso sai,
O cortejo o acompanha,
Após uma intensa limpeza,
Com força,
Mas sutileza,
Para que não machuque a Rainha,
E evite que ela sinta dor,
E perceba o quanto de Amor há,
Naquele procedimento,
Naquele ritual,
Avermelhado por sinal,
Mas que se visto com se pertinho,
AGRADECERÁ sempre,
Que ele se mostrar,
Os corredores precisam ser dilatados,
Para que o cortejo siga por todo o quarto sete,
Intenso ou não,
Muitos ficam qual marrom,
De tantos os vermelhos presentes,
E lá no portal,
Na passagem,
A FLOR está aberta,
Pra que todos saiam em segurança,
Sejam os preciosos,
Sejam os visitantes que não quiseram ficar,
Sejam os visitantes que quiseram abraçar,
Sejam os visitante que não quiseram nem da porta passar,
Sejam os preciosos que também não quiseram...
E por isso não se encontraram,
Por isso não se apaixonaram,
Por isso desperdiçaram,
A única oportunidade que tinham,
E fazerem com que a coisa mais Bela da natureza humana,
Fosse materializada,
Mas o NÃO,
Pra toda uma geração,
Impede de formar o embrião,
Sem afeto,
Não tem feto,
Sem o TEMPLO,
Não tem legado,
Da Rainha...
E então,
Esta permanece sozinha,
Guardiã,
Do Portal,
Do tempo,
Do templo,
E a FLOR,
A expressar tudo o que acontece ali dentro.



