Um convite do Mar
Vento forte,
Chia e empurra,
As ondas batem e borbulham,
Por entre as pedras,
Na costa da praia,
Na quilha do barco,
Na ponta da prancha.
Esse azul todo é um convite,
Aos despertos e aos dispostos,
Às vezes parece uma senhorita,
Outras vezes um dragão em fúria,
Certo é que, quem fica a margem não degusta.
Aquele sal todo faz do mar intrigante,
Interessante e viciante!
Tantos seres escolheram a ti como lar, abrigo, passagem...
Fato é que sem ti não vivemos,
Água gera a vida e a sustenta,
Assusta se combinada com os tremores do solo,
Ou a impulsão dos ventos,
E pelos mesmos motivos é reverenciada por outros,
Que reconhecem a beleza,
Em sua natureza.
O reflexo da lua,
Ou a intensidade do calor do sol,
Alteram sua aparente coloração,
Modificada também por raízes ou corais,
Sem mais!
Mas lá no fundo,
No profundo e temido centro,
Esconde misteriosos tesouros,
Perdidos e engolidos,
Devolvidos!
A quem os protege com veemência,
E não tem ganância,
De dar outro fim,
Que não seja o bem comum,
Que trouxesse evolução,
Para todas as nações.
É chegado o tempo,
De ali submergir,
E aos poucos descobrir,
Que a lenda é real,
E que esta imensidão de azul,
Esconde muito mais do que se pode imaginar, mensurar,
calcular, identificar.
Basta adentrar, mergulhar, encontrar, transformar e
compartilhar.
Está tudo lá,
No fundo do mar!


