aLOCAø[ɾ]
A bateria está posta,
Cada um em sua específica posição,
Instrumento,
Músico,
Público,
Dançarinos,
Mas só falta ela,
A Musicalização.
E quem impulsiona é o Maestro,
Mas precisa de centro,
Pra reger,
E todo mundo ver.
Alguns têm apito,
E deixa tudo mais bonito,
PROS ouvidos,
Não dá pra ver ela!
Só que além de ouvir,
Todos sentem,
A Musicalização tocada na alma,
De toda essa gente,
E ainda tem gente que acha que não é música,
A bateria atinge uma vibração que organiza a estrutura,
Por isso que incomoda,
E não sai da moda,
Já que tem gente que não se toca.
E não percebeu que não tem competição,
Cada um faz seu melhor,
Em sua posição,
Como o público não toca a música,
A dica é bater na palma da mão,
E sambar, até com o pé no chão.
Músico,
Sem público, sem instrumento, sem maestro, sem dançarinos e sem a Musicalidade,
Produz sentido,
Apenas na sua individualidade,
E a coletividade segue triste,
E desalinhada.
Mas quando bate forte,
E a cuíca grita,
A dançarina se excita,
E toda Terra vibra,
Junto,
Algo se constrói ali,
Tão forte que destrói,
As submissões do "Amém",
Fora de contexto,
Tão sutil,
Que tira do acento e empresta para o tamborim,
AMEM!
Ressoam juntos,
Sem signos linguísticos segregantes,
Em ondas universais cifradas que te conduzem a se aLOCAø[ɾ],
De modo que até o M pode daø[ɾ] seu lugar,
Para ALÉM,
Do tempo,
PRESENTE.



