AGORA?
O que podemos fazer AGORA?
A falta de pró-atividade, empatia, excesso de normas e parâmetros, procastinação, ausência de referências, medo de consequências negativas, ampliação do problema, dentre outros, são algumas das situações que nos impedem de agir imediatamente, considerando todas as nossas possibilidades.
Algumas situações corriqueiras poderão alocar "instintiva e moralmente" seres humanos, no topo da cadeia alimentar pela consciência conquistada, como levantar-se do banco em local público para que pessoas com maior dificuldade de mobilidade possam sentar, conceder um abraço para alguém que chora, um copo com água para alguém que está nervoso, reduzir a velocidade do veículo em ruas com fluxo de pedestres mesmo sem prévia regulamentação, sondar um cliente para solucionar todas as situações tidas como problema em atendimento, orientar com rigor aqueles que solicitam, ou mesmo fazer interferências que compactuem com valores morais e éticos da sociedade.
Essas e muitas outras pertencentes a subjetividade de cada pessoa, direcionam a humanidade para um movimento de modulação social, os quais foram os principais norteadores da evolução da espécie humana até a era da revolução tecnológica a qual estamos vivenciando. É notório que, sem o animus de contribuir com a coletividade não haveriam médicos, advogados, enfermeiros, sociólogos, professores, juízes, engenheiros, construtores, cozinheiros, garçons, ambientalistas, biólogos (me perdoem a ausência de flexão de gênero) e muitas outras profissões que atuam diretamente na ordem social que cultua o cuidado para si e para outrem.
É apartir daquele raio de pensamento formador das concepções e condutor das ações que poderemos iniciar as reflexões contemporâneas sobre "o que podemos fazer AGORA?", já que o poder além de verbo, é substantivo que sofreu inúmeras mudanças de sentido e aplicação, já outrora, quando na ausência de preceitos científicos, era concedido aos sacerdotes, seguidos de imperadores, reis, líderes políticos absolutistas e extremistas, aos homens e pessoas de raças violentamente dominantes em seus territórios, no entanto, a solidariedade e altruísmo é inerente da evolução da cognição e de certa forma, se distancia dos instintos de sobrevivência. E o fazer AGORA também recebe uma extensão de sentido quando o agir demanda um procedimento que recebe diversas ações para que se conclua, mas iniciado sempre no tempo presente.
Tão logo, a provocação é um convite, para que possamos compreender, que sempre podemos fazer algo, ainda que tudo (a complementação por outras ações) aquilo que o beneficiado deseja seja realizado por terceiro não presente, no presente do AGORA.


