Luto
É assim que é,
Enquanto Freud explica,
A gente se esforça pra estar de pé.
Eu não tenho escolha,
Tenho que contar,
Psicossomando pra depois sistematizar.
Se essas religiões estiverem certas,
Eu escolhi vir pra cá,
Experimentar tudo isso e me posicionar,
No meio de quem vai me pagar,
Um troco,
Pela troca,
Tô trocando,
Como eu posso,
Para isso preciso sair do meio de quem quer me abraçar,
Afinal eu não tenho teRRa pra plantar,
Nem nascente pura pra me banhar e saciar,
Tiraram a gente do Rio Doce,
Tudo por causa dos METAis,
Aquele povo sedento,
METiA na jóia e na boca,
Nas paredes e na comida.
Mas quer saber tanto faz,
Se minha mãe tivesse sido respeitada lá,
Eu nem estava aqui.
Ela me contava tanta coisa,
Que onde brincava tinha até sucuri.
É isso aí!
Tanto faz.
Eu já nem sei mais.
Ah e por falar em expulsar,
Posso mencionar o meu pai?
Eu nem tive tempo de curar meu trauma da fala,
E perguntar,
Se além das compotas, das batatas e dos porcos,
O que mais?
Se podia comer,
Naquele canto lá de cima,
E o porquê toda aquela galera foi registrada no mesmu-dia.
É MELHOR EU FUGIR desse asSUNTo.
EU APRENDI DESDE NOVA A LUTAR.
LUTAR,
Vindo do LUTO,
Da LUTA,
E de Lutero.
A gente perde muito pra conseguir ganhar,
Uma coisinha.
E assim...
A gente que LUTE.
O que você comia no café da manhã?
E no almoço?
E na janta?
Quando eu comecei a fazer 4 fartas refeições,
EU LUTEI,
Por pai e mãe que LUTARAM muito,
Cansaram e cantaram,
De viajar de Caieiras a Cidade Universitária,
De "ASA BRANCA" a "POBRE VIÚVA",
Parecia até um jogo,
Desde a infância,
Que a gente aprende a LUTAR em família,
Pois quando a gente via o outro sendo ferido,
A gente tinha que entrar na energia e fazer o melhor,
Na nossa posição,
Nem sempre a gente tinha o melhor remédio,
Mas sempre tem alguém com um TEA,
Que depois da turbulência acalma,
Eleva a alma,
Que mostra a borboleta voando,
Enquanto vamos curando,
Olhando pra tudo o que passou e agradecendo,
Mesmo quando nos REprovam.
QUE CICLO SEM FIM,
O que decidem fazer sentados aí?
Não é aquilo que gritavam quando estavam em pé aqui,
Sem ASsento,
ACENTO,
E já que fui a feira,
Continuo a lutaR,
E a revisitar,
Minhas lembranças do tempo de criança,
Que toda a galera de lá,
LUTOU muito para que pudéssemos conquistar.
Por "sonhos" de seR vista pelo projeto de hegemonia global,
LUTEI,
Hoje prefiro me esconder,
Imagina o "absurdo realista",
Se aquilo que veste for mais importante do que um abraço intimista.
E as pessoas deixando de admirar a si pra me admirar.
QUE COISA ESQUISITA!
Já posso trocar?
As roupas pelo abraçar?
Vou LUTAR suavemente...
VON BORA pra luta KAthaRINA?



