QUAL É O PREÇO DESSE SUQUINHO DE TUTTI-FRUTTI?
Pensei que fosse só uma moedinha,
Mas foi mais caro,
Estou pagando até hoje,
Não sei quanto mais.
Éh,
ACORDO ACEITO!
Já passou do tempo,
Vamos fingir que não estive lá,
Que nada aconteceu,
Só que não consigo deletar.
Ninguém lembra mais mesmo,
Nem tenho mais o papel,
NÃO posso provar,
E o trauma é só meu,
E daquelas que me ajudaram a CONTAR.
JAAAÁ liguei no fórum e na delegacia,
Eu vou tentar limpar com a terapia,
SÓ SEI QUE EU E NEM NINGUÉM O BRINDE MERECIA,
Preciso seguir,
Pra cuidar dos meus.
Porque cuidar deles é papel meu.
AGORA ESTOU PRONTA PARA SEXUALMENTE ME RELACIONAR,
E SEI QUE NÃO SOU SÓ A MINHA FLORZINHA,
MAS demorou para entender que diante de olhos masculinos EU SOU MAIS,
Até posso ESCOLHER,
Eu acho...
Não consigo mais falar sobre isso,
Nem precisa me mandar ficar QUIETA,
Ou me AMEAÇAR,
Eu vou ficar no cantinho,
Daqui observo,
E percebo que passe o tempo que for,
Nada ameniza a dor.
Essas lembranças me deixam ansiosa,
Nervosa,
Claustrofóbica.
ENQUANTO UNS LUTAM PARA INVESTIGAR,
E CURAR,
Cuidar.
OUTROS SENTEM PRAZER EM NEGLIGENCIAR,
Até estudam para contra argumentar,
Ou EXPLORAR MAIS, JÁ QUE A FERIDA ESTÁ ABERTA.
UNS VÃO ALÉM,
OUTROS FALAM AMÉM.
Mas gostei dessa representaçãozinha,
Vou investir em cultivar as florzinhas,
Principalmente a flor que a Arabela molha,
Precisando de cuidados.
Porque, na boa, eu não consigo medir o alcance disso.



