Crônica: Psicanálise - um RESGATE no kairós, respeitando o Aion

Fonte da imagem: Desvendando o Mistério do Terceiro Olho e a Glândula Pineal (omaringa.com.br)

Eu só sinto, ainda não sei explicar, eu olho no relógio e nem a marcação das horas parecem se relacionar com o tempo, que era sempre o mesmo. Eu só sinto, é um sentir diferente, uma sensação de plenitude, infinito, de que os meus erros foram acontecimentos bons, apesar de efeitos negativos, os quais eu não previ por não conhecer as potências de alcance destes, que me fizeram ver além, viver as consequências e aprender um pouco mais sobre a vida. O que era muito errado ontem, hoje é conhecimento e autoconhecimento. O erro causava vergonha, segregação e silêncio, um mal social, em uma sociedade que vai exigir uma perfeição mimética, a mimesis que não alcancei, pois minha mente limita que minha alma saiba todas as consequências e se essas são fatos consumados sempre, quando eu agir de forma errada. Mas o erro me faz julgar Eu no metapensamento da consciência numa posição diferente na eternidade infinita, a qual julgo ser errada, em situações imaginadas e projetadas, faz de mim algo que nem uma pedra pode ser, imutável e imóvel, em decorrência do trauma das consequências de ações do passado, minha e de outros. E me projetando em pensamentos os quais estou cometo erros, repudio a mim, logo repudio qualquer um que faz aquilo que fiz e teve consequências negativas, ações que chamarei de erro mais tarde. 

Mas aí, vem aquele olhar, emitido pela pineal pois as pupilas não suportam, cheio de luz, que nem precisa falar nada, não vem de cima, muitas vezes se abaixa para eu não fugir, que vai dizer assim "está tudo bem, TUDO CERTO, é seu processo", seu contexto te permite degustar de uma infinitude de ações e a prisão do erro para si ou para seu contexto, vai te condicionar a ser aquilo que somente poderia ser se decidisse não ser digno de vir para cá e se permitir experienciar no aprendizado prático, os quais todos nos permitimos e nessa oportunidade, nos conectamos.

Penso que,  todos temos tempo para ir lá no baú dos traumas que a Querida Pandora se responsabilizou sozinha em manter fechado e abrir, sem vergonha de enxergar que nós, os humanos podemos fazer muitas coisas que julgamos ruins e que põe fim a essa experiência tão maravilhosa que é estar aqui e agora, nossa ou de outros, podemos recuperar depois se quisermos, mas que depois de realizar, percebemos que podemos ir além e que executar aquilo que pensamos acabar com aquela situação fora do baú só a aumenta, fora e dentro. Então, dentro, transformamos pelo poder do autoconhecimento humano, principalmente pela consciência de que o mundo que vemos fora é um reflexo do que armazenamos em nossas experiências. Você pode ver o trauma mas pode ver a coragem, você pode ver ... na psicanálise, as memórias traumáticas e as que se relacionou com maior afetividade no seu Aion.

VAI SE SURPREENDER POSITIVAMENTE E PERCEBER QUE TRAUMAS SÃO CORTINAS QUE TE IMPOSSIBILITAM DE VER MAIS CORES E LUZES NO SEU EU.

Agora eu já vou que deu a hora do meu almoço... pois eu ainda existo e quero continuar existindo e percebendo as cores e luzes, sem cortinas permanentes.