A didática, na prática




A prática educativa inclui a professora, diretora, escola, tio, o estudante, o visitante, o viajante, o telespectador, o cliente, o padre, o amigo e o irmão, 

O semáforo, a placa de trânsito, a proposta de emprego e o panfleto colado no busão,

Pode ser intencional ou não,

Tudo depende da intenção daquele ensina, do que aprende e da instituição.

Dá pra aprender a contar, ler, sobre química, sociedade e regionalidades até na hora de comprar o pão.

Só que dentro da escola encontramos os representantes dos contextos da sociedade e lá dialogam, ou NÃO.

Lá percebem o outro, ou NÃO.

Lá trocam experiências entre os saberes dos cidadãos, professor e estudante se tornam pares, ou NÃO.

Mas é lá que se têm a oportunidade de construir uma sociedade transformada pelos ideais e saberes técnicos, ou NÃO.

Na instituição de ensino é onde o negócio sai do ócio e fica formal, P-R-O-C-E-D-I-M-E-N-T-A-L.

É lá que se pensa “O QUE?”, o “COMO”, o “PORQUE?, o “PRA QUÊ?” e o 

“PRA QUEM?”

Tudo bem acordado, entre os que propõe a assumir seus papéis,

Já a informalidade está também na não-intencionalidade,

É aquilo que vemos no rádio, na TV, no folhetinho, na receita do bolo da Ofélia, 

na faixada do vizinho e na conversa boa do “tiozinho”,

A gente aprende, mas pelo hábito e pela vivência de mundo.

VAMOS REPRISAR,

A EDUCAÇÃO NÃO PRECISA BUSCAR, INTENCIONAR OU PROCEDIMENTALIZAR,

Pode acontecer sem a gente querer e o contrário também.

Até quando só concordamos e dizemos amém,

Na missa da igreja ou na missa da sala de aula onde velamos nossa capacidade de somar, questionar, contra argumentar e exigir o nosso lugar na nuvem de ideias autoritárias e centralizadoras dos pensamentos do professor,

Mas é por isso que o docente e demais colegas precisam continuamente se INSTRUIR, para instruir, se atualizar para direcionar, aprender junto com a 

sociedade e se permitir transformar, também.

Por isso que, para democratizar nas últimas décadas, surgiu a educação escolar,

Num compromisso fiel com a pedagogia, que é aquela que investiga as finalidades da educação e como se insere na sociedade em que está situada,

Só que pra coisa toda girar, TEM QUE TER DIDÁTICA,

Não adianta fazer plano e despejar na cabeça dos alunos,

Por mais que se acostumam e parecem gostar,

ESTÃO CANSADOS POR DENTRO E QUEREM INDIVIDUALIZAR O MEIOS, 

AS PRÁTICAS E DIVERSIFICAR AS FONTES DE CONTEÚDO E OBTENÇÃO 

DO SABER.

VIEMOS A PÉ, mas chegamos aqui,

Que interessante nos encontrarmos assim,

Mas intencionamos e nesse ponto o professor se qualifica, pela extensão e aplicação de todo o conhecimento técnico,

Se FORMA HERÓI DE SAPATOS DESGASTADOS,

Pois alcança aquele mínimo pensamento de mentes humanas repletas de outros saberes,

E dizeres,

Em duas dimensões,

A teórico-científica, que são aquelas disciplinas, que interdisciplinarizam e levam um tempão pra certificar que sabe filosofia, matemática, língua 

portuguesa, direito, economia e outras mais,

E a teórico-prática que nunca vai cessar os aprendizados, cedidos e doados, não intencionados,

Alçando em conjunto,

NESSE NOVO MUNDO,

DO COMPARTILHAMENTO E APLICAÇÃO DE MECANISMOS ABSORÇÃO E FOMENTO.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LIBÂNEO, José Carlos. Didática/José Carlos Libâneo. – São Paulo: Cortez, 1992


O poema foi apresentado no seminário avaliativo na disciplina de Didática do curso de Letras - Português e Espanhol da Universidade da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó, sob a orientação do Pós-doutor Marcelo Vicentin, juntamente com o vídeo, ambos são fruto da leitura do Capítulo I do livro Didática de José Carlos Libâneo e das demais aulas ministradas pelo docente.

A galera tá curtindo mais esses aqui...