COMO VOCÊ NASCEU UFFS? COMO SE RELACIONA?
A teoria da estratificação é um dos setores mais
complexos do pensamentos sociológico, e estaria inteiramente fora dos objetivos
deste livro apresentar qualquer espécie de introdução ao assunto. Bastará dizer
que as sociedades diferem amplamente no tocante aos critérios segundo os quais
os indivíduos são levados aos diferentes níveis, e que diversos sistemas de
estratificação, utilizando critérios distributivos inteiramente diferentes,
podem coexistir na mesma sociedade.
Em paralelo ao movimento de “acolhida”, minha e de muitos outros jovens
na Universidade Federal da Fronteira Sul, no campus Chapecó, que foi antecipada
por decisões equivocadas e impensadas, de lideranças que estão longe de
representar socialmente em todos abaixo de suas decisões, o qual ensejou a minha
demissão antecipada no trabalho no Estado de São Paulo e também na inserção em
um município que não oferecia vagas de emprego nas mesmas condições as quais
eu exercia de onde vim, me fazendo procurar estágio logo que cheguei a
Chapecó.
No ano de 2021, enquanto ainda morava de
favor na residência dos pais de meu noivo, por questões financeiras e de saúde,
solicitei o Auxílio Estudantil pensando na minha chegada a Chapecó com um
mínimo de suporte fornecido pela universidade, tive o pedido negado pela
análise de renda, ainda que com as despesas financeiras que eu possuía o valor
líquido representava menos de R$400,00, análise a qual resultou no Índice de
Vulnerabilidade Socioeconômica equivalente a 1.646, ou seja sem deduções na
íntegra das despesas financeiras, apesar de haver no edital que regula a concessão de auxílios informação clara de que o auxílio NÃO é concedido para alunos de segunda graduação de curso integral, havia uma mensagem subliminar, NÃO PAGUE OS
BANCOS, NÃO PAGUE AS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO, OU MESMO NEM VENHA PARA A
UFFS E SE VIER “SAE” ou “BACK”, MAS AINDA SE OUSAR ENTRAR NO CENTRO ACADÊMICO
“RUA!” OU MELHOR DIZENDO CALLE E SE CALE, como se a recolocação profissional em emprego formal de uma pessoa com curso superior fosse um fato consumado quando da vontade de quem possui o título.
Fato
superado quando me dei por conta que estando desempregada na porta da
universidade eu seria protegida pelo auxílio, pelo distanciamento de bens, como
família, emprego e moradia ainda que provisória para compor a turma de Letras e
realizar o sonho de me formar em uma instituição de ensino pública. Prontamente
quando ainda em busca de recolocação profissional, contrato de aluguel assinado
solicitei novamente o auxílio estudantil e me deparei com a resposta da
servidora (na imagem abaixo), que analisou com desprezo a minha atual situação e também aos
conceitos supralegais de cada instituto jurídico mencionado nos textos
normativos, ainda que ciente de que eu pertenço a família unipessoal, até
manifestamente eu venha querer contrair matrimônio ou relação contínua e duradoura
com o objetivo de constituição de família de ambos os envolvidos.
Eu não me desesperei por completo pois já
estava em uma das bolsas do programa PIBID e recebia o valor de R$400,00 e na
iminência de entrar efetivamente contratada em um estágio, os quais somados
manteriam a minha sobrevivência e pagaria meu aluguel, mas de fato alertei que
haviam muitos equívocos na análise e que estes eram originários das ausências
estruturais. Concluo, que não tem poesia
que saiam de minhas memórias que possam expressar o que sinto frente aos
critérios baixos delimitadores dos grupos sociais, frente àqueles que precisam
de suporte e recebem respostas cheias de vícios estruturais, de uma instituição
que esqueceu que até mesmo para sua origem fora necessária muita luta política das pessoas de classes mais baixas, assim como o trabalho de pesquisa de inúmeros pensadores e intelectuais engajados com a transformação estruturante do país e muitas leis regulamentadoras, além de que a universidade NÃO PODE fazer nada sem uma norma que
regulamente o ato e minucie os procedimentos, e quanto a isso, conselho, não esquece!
ANEXOS
·
UMA
IMAGEM:
·
UMA
POESIA de minha autoria para auxiliar a compreensão de quem
não pôde frequentar as aulas de Direito de Família e compreender que a
diferença está na intenção, no objetivo, na forma e que existe lei
regulamentadora das relações civis.
Afinal isso é o que?
Lá no artigo 1.514 do Código Civil tá
claro,
Pra quem ainda não viu,
Que o HOMEM e a MULHER,
Se assim quiser,
Perante ao JUIZ,
E por sua declaração,
CASADOS ESTARÃO.
Já na União Estável,
O buraco é mais embaixo,
No artigo 1.723 do Código Civil tá escrito,
Pode sim ser declarada sem formalidades,
Apesar de já haver decisão lá órgãos competente pra isso,
Aquele que já ouviram no rádio ou viram na
TV,
Apesar de não entender a hierarquia,
Disse que precisa de Declaração manifesta dos unidos, em residência configurada
na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Ah mais e se o objetivo for OUTRO,
Aí não é né?!
Tá?
Viu?
Creeeeeeeim!!
Que bicho estranho,
Parece um chupa cabra,
Mas é assim mesmo?
Bom, bora lá,
Vamos voltar,
Se a moça casada e unida estavelmente NÃO ESTÁ,
Ela será o que declarar,
FAMÍLIA U N I P E
S S O A
L.
Precisou de ajuda e quem podia ajudou.
Sejam suas irmãs, tias ou pais de com quem noivou.
E SÓ PRA CONSTAR CUNHADO É SÓ DE QUEM É CASADO,
Mas “a gente” fala por força do hábito,
Só não confundi,
Quando ver o retrato e retarda a vida de quem quer seguir adiante e avante.
Deu pra entender que não tem vínculo?
Hoje ela divide, moradia,
Com duas guria,
Cada uma de sua terrinha,
Que também veio pra estudar,
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS,
Não são família!
E o vínculo com o moço laaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaá de São
Paulo,
É só de noivado,
Sem aliança,
Porque ele perdeu na praia.
Lástima!
E se um dia eles precisarem se ajudar não cria caso,
Deu pra entender um pouquinho?
Vai assistir RATINHO,
E sobre as ausências de quais são os
critérios de fixação de cada pontinho do IVS falaremos quando entenderem o
básico,
Se precisar de ajuda não peça pra CARINA,
Procura na DOUTRINA,
LER TEXTO JURÍDICO exercita mente a pensar SOCIALMENTE,
Ao menos pra gente que NÃO MENTE!
Beijo,
Bom findi.
A ideia originária da construção da crítica se deu a partir de um texto apresentado na disciplina de Introdução ao Pensamento Social ministrada pela Dra. Rubí Garcia Vieira, na terceira fase do curso de Letras, que solicitou que construíssemos uma reflexão a partir da leitura do texto de Berger (1986), Perspectivas sociológicas - o homem na sociedade, sobre as formas de controle social nos diversos meios sociais os quais estamos inseridos, após o feedback final, inseri informações complementares que entendi pertinentes.




